World Cup (Geo-Political Map), 2005, acrylic paint, 12 football balls, lots of people, variable dimensions. installed in the group show Toxic. O Discurso do Excesso, curated by Paulo Mendes, at Angar K7, Fundição de Oeiras, 2005. © Imagens Paulo Mendes
A la Recherche de la Révolution Française, 2014, post-its, lots of people, variable dimensions. Installed in group show Art Stabs Power, curated by inês Valle, at Bermondsey Project, London, 2014. Collection Ivo Martins.
Untitled (European Union), 2012, satin, Ruffles chips with ham flavor, wire, variable dimensions. Exhibited in solo show Close-up, 2012, Espaço Campanhã, Porto, 2012; in group show Art Stabs Power. Que se Vayan Todos!, curated by Inês Valle, at Bermondsey Project, London, 2014, and at Plataforma Revólver, Lisboa, 2014; in group show Them or Us, curated by Paulo Mendes, Galeria Municipal do Porto, 2017. Collection Ivo Martins.
Untitled (Ground Zero), 2013, sponge, tripod, video camera, variable dimensions
No Flag No Light, 2011, inkjet print, 72×49 cm; published in magazine Ascensor nº 0, Julho 2011, Ascensor_Contemporary Art Uni. Lda, Lisboa, 2011; exhibited in group show “Sem Quartel / Without Mercy”, Sismógrafo, Porto, 2014
Untitled (USA-EU)Untitled (USA-EU), 2010, enamel, wood, 150x600cm, in group show “Invasões Contemporâneas: Arte nas Comemorações do Bicentenário das Linhas de Torres“, curated by David Santos. Installed at Vila Franca de Xira, 2010. Collection Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira
«Fernando J. Ribeiro
Em Vila Franca de Xira, na varanda semi-circular que une a esquina da Avenida dos Combatentes da Grande Guerra com a Rua Alves Redol, (junto ao Museu do Neo-Realismo), Fernando Ribeiro apresenta uma imensa “bandeira” em duplicado especular que une também as duas simbologias de leitura política, económica e social mais decisivas do mundo ocidental. No longitudinal aparato pictórico aqui proposto, vemos apenas como a bandeira dos Estados Unidos da América absorve a simbologia estelar da bandeira da União Europeia. Com efeito, no espaço quadrangular azul onde normalmente se distribuem as estrelas referentes aos Estados americanos vemos agora as estrelas dos Estados europeus em forma circular, pontuando desse modo uma reflexão sobre a dependência europeia relativamente à omnipotente política norte-americana. Deste modo duplamente simbólico, o artista procura lembrar a invasão americana que desde o segundo pós-guerra e a execução do Plano Marshall tem vindo a transformar a Europa num parceiro político sem peso, cumpridor apenas das intenções de domínio dos EUA. Esta leitura permite-nos afirmar que as invasões dos séculos XX e XXI têm sido concretizadas, sobretudo, através do desenvolvimento de políticas económicas, financeiras e culturais, recorrendo por isso, cada vez menos, à força e às estratégias militares. Em última análise, é o signo e a sua transmutação constante que varrem o espaço físico e identitário, como nova apropriação ou domínio territorial.»
– David Santos in “Invasões Contemporâneas: Arte nas Comemorações do Bicentenário das Linhas de Torres“, catalogue